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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-078
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MONITORIZAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS (PVHA) EM USO DE DOLUTEGRAVIR: SÉRIE DE CASOS
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Gustavo Vieira Szogyenyi, Matheus Martins Andrade, Sigrid de Sousa Santos, Carolina Toniolo Zenatti, Fernanda Moreira Freitas
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil
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Introdução

Com a sobrevida das PVHA em terapia antirretroviral (TARV), a doença renal ganha importância, em especial se comorbidade, coinfecção ou uso de droga nefrotóxica. O dolutegravir (DTG) compete por sítio de excreção tubular creatinina (Cr), ↓secreção tubular e ↑Cr sem alterar filtração glomerular, mas dificulta monitorar função renal pela Cr.

Objetivo

Relatar casos de PVHA em uso de DTG com risco de lesão renal.

Método

Série de casos.

Resultados

1: Homem, 59 anos, branco, ex-usuário de drogas EV, aids e HCV há 22 anos, DPOC, dislipidemia e cor pulmonale, em enalapril e espironolactona. Trocado TDF+3TC+ATV/r para TDF+3TC+DTG, com ↑Cr de 1,3-1,8 mg/dL. Trocado TDF para ABC e depois para AZT, sem melhora (1,82 mg/dL). Normalizada Cr (1,13 mg/dL) após troca de DTG para EFV. 2: Homem, 52 anos, branco, aids e HCV há 9 anos, HAS com enalapril e hidroclorotiazida, com poliglobulia tratada com sangria, lipodistrofia, diversos tratamentos para sífilis. Trocado TDF+3TC+ATV/r para TDF+3TC+DTG, com ↑Cr de 1,3 para 1,8 mg/dL. Após troca de TDF para ABC, melhora Cr em 5 meses. 3: Homem, 57 anos, branco, aids há 8 anos, dislipidemia, resistência periférica à insulina e litíase renal. Desenvolveu hidronefrose D e IRA pós renal. Trocado TDF+3TC+ATV+RTV para TDF+3TC+DTG, com ↑Cr (1,42-2,03), mesmo com troca de TDF por AZT (Cr 1,6 mg/dL). Após troca de DTG para ATV+RTV normalizou Cr. 4: Mulher, 47 anos, branca, HIV há 21 anos, baixa adesão à TARV, HAS e tabagismo. Há um ano melhora adesão mas falha terapêutica. Após genotipagem trocado AZT+3TC+EFV por TDF+3TC+DTG. Evoluiu com descontrole da PA e Cr 2,36 mg/dL, sendo trocada TARV para AZT+3TC+DTG, com melhora (Cr 2,1-1,5 mg/dL). Após 1 ano ↑Cr (2,65 mg/dL), com posterior lenta melhora. Nos momentos que clearance<30 mL/min recebeu 3TC 150 mg/dia. 5. Mulher, 27 anos, parda, ex-usuária de crack, aids, falência à TARV (CV 1902 cp/mL, CD4 8 cels/mm3) em uso de TDF+3TC+EFV. Em 2021 teve choque séptico, neutropenia febril, candidíase esofágica resistente a fluconazol, colite por CMV, tendo IMC 10 Kg/m2 com Cr 1,7 mg/dL. Tratou com vancomicina+cefepima e trocada TARV para DTG+ETV+DRV+RTV. Indicada anfotericina B com Cr 0,9 mg/dL.

Conclusão

A monitorização precisa da função renal em PVHA é essencial para diferenciar a elevação de Cr por uso de DTG da lesão renal causada por outras etiologias. A incorporação ao SUS da dosagem da cistatina C, proteína da família da cisteína protease, permitiria melhor avaliar a taxa de filtração glomerular.

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