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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 158
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MENINGITE BACTERIANA POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS COMO COMPLICAÇÃO DE ENDOCARDITE INFECCIOSA: RELATO DE CASO
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Thamyres Fonseca Arcanjo, Marina de Rós Malacarne, Milena Cipriano Parmagnani, Solano Lindson de Olivereia Pereira
Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Manifestações neurológicas ocorrem em aproximadamente 30% dos pacientes com endocardite infecciosa, sendo a meningite bacteriana responsável por 7% destas, com isolamento do microorganismo em cultura de liquor ainda mais raro. Complicações neurológicas adicionais podem ocorrer, como acidente vascular cerebral isquêmico, hemorragia intracraniana, abscesso cerebral e aneurisma micótico. Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae são os isolados mais frequentes. O relato de caso envolve a análise do diagnóstico e condutas adotadas em paciente atendida no São Bernardo Apart Hospital, Colatina-ES, Brasil, durante os meses de outubro e novembro de 2019. O caso clínico relata paciente de 88 anos, feminino, que deu entrada em unidade de terapia intensiva com sinais de acometimento do sistema nervoso central, disfasia, delirium e ausência de febre. Além disso apresentava insuficiência cardíaca descompensada e insuficiência renal crônica agudizada. Para descartar diagnósticos diferenciais foram solicitados exames de imagem (ecocardiografia transesofágica, ressonância magnética e tomografia computadorizada de crânio e abdome), exames laboratoriais (hemograma, hemocultura e cultura de líquor). Aos exames foram verificados os seguintes diagnósticos: vegetações em valva aórtica sugestivas de endocardite infecciosa, evoluindo com embolização séptica para sistema nervoso central, sendo quatro hemoculturas e duas culturas de líquor positivas para Staphylococcus aureus sensíveis a meticilina. A presença de imagens compatíveis com a embolização micótica na ressonância magnética de encéfalo, de acordo com as diretrizes, infere na necessidade de tratamento cirúrgico, porém, devido ao elevado risco perioperatório, optou-se apenas pelo tratamento conservador com antibioticoterapia, tendo inicialmente realizado ceftriaxone empírico e após resultados das culturas foi substituído por oxaciclina. Meningite bacteriana isolada como manifestação de endocardite é raro e é uma difícil suspeita diagnóstica. A paciente continuou com culturas positivas para S. aureus por tempo prolongado. O quadro evoluiu com dissecção de aorta por êmbolos micóticos, o que a levou ao óbito. A suspeita clínica precoce associada aos exames laboratoriais e de imagem foram importantes para o diagnóstico rápido e para início da terapia correta. Entretanto, devido à alta morbi-motalidade do quadro apresentado, a paciente evoluiu a óbito devido complicações.

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