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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: MICROBIOLOGIAEP-104
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INVESTIGAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL EM UM CENTRO DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS
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Gilselena Kerbauy, Marcia Regina Eches Perugini, Renata Aparecida Belei, Stefani Lino Cardin, Jéssica Heloiza Rangel Soares, Tiago Danelli, Giovanna Yamashita Tomita, Ana Carolina Souza Lima, Renata Pires de A. Faggion, Thilara Alessandra Oliveira
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

O ambiente hospitalar atua como importante reservatório de microrganismos patogênicos e resistentes aos antimicrobianos, expondo pacientes ao risco de infecções, especialmente aqueles mais suscetíveis, como os que se encontram em Unidade de Terapia Intensiva e que sofreram grandes traumas como as queimaduras.

Objetivo

Avaliar a contaminação ambiental por microrganismos patogênicos e multirresistentes aos antimicrobianos e o quantitativo microbiano presente nas superfícies antes e após a desinfecção concorrente.

Método

Trata-se de um estudo transversal e exploratório, realizado em um Hospital Universitário de grande porte no Paraná, que se propôs a investigar a contaminação do ambiente de uma unidade de terapia intensiva de queimados. Foram realizadas análises microbiológicas de unidades formadoras de colônias (UFC) e perfil de sensibilidade dos microrganismos aos antimicrobianos, a partir de swabs coletados nas superfícies da unidade do paciente, antes e após a desinfecção concorrente utilizando álcool a 70%. Culturas clínicas dos pacientes foram analisadas através do prontuário eletrônico e relacionadas ao perfil microbiológico da contaminação ambiental.

Resultados

Foram analisadas seis unidades de pacientes, das quais quatro (66,6%) apresentaram microrganismos multirresistentes no momento pré-desinfecção. Também foi identificado um total de 840 UFC/cm2 em todo o setor. A cama foi a superfície que obteve maior contaminação na pré-desinfecção (50%), com prevalência do Acinetobacter baumannii Carbapenem Resistente (83,3%). Após a desinfecção, houve permanência de microrganismo multirresistente em apenas uma unidade do paciente (16,6%) e redução de 100% da contaminação das camas. Observou-se, também, uma redução de 80,5% no total de UFC. Em relação às amostras clínicas dos pacientes internados, três (50%) apresentaram a mesma espécie e perfil de resistência da amostra ambiental de seus respectivos leitos.

Conclusão

A efetiva desinfecção do ambiente hospitalar reduz a permanência e a sobrevivência dos microrganismos nas superfícies, visto que a desinfecção com álcool a 70% proporcionou uma redução significativa na contaminação ambiental por microrganismos patogênicos e multirresistentes, assim como no quantitativo microbiano das superfícies, inferindo-se desse modo, que houve a redução do risco de contaminação cruzada e que o processo de desinfecção colabora para o controle e prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde.

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