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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 063
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IMPACTO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES NA MORTALIDADE DE PACIENTES COM COVID-19 INTERNADOS NA UTI DE UM GRANDE HOSPITAL
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Rosângela Cipriano de Souzaa, Carolina Cipriano Monteirob, Alana de Oliveira Castroa, Italo Santos dos Remédios Ribeiroa, Marcos Vinicius Pinheiro Soaresa, Naraja Menezes de Souzaa, Diego Araujo Diniza
a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís, MA, Brasil
b Hospital Universitário, Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís, MA, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A covid-19 tem curso clínico habitual de até 12 dias. A replicação viral costuma diminuir a uma semana do início, mas alguns pacientes evoluem nesse período, para uma fase de reação imune. O estado do paciente pode ser grave e tornar-se crítico, evoluindo para insuficiência respiratória e uso de ventilação mecânica, que pode ser combinada a insuficiência de outros órgãos, necessitando o paciente de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Aproximadamente 14% dos casos tornam-se graves e 5%, críticos. Estes pacientes internados em UTI são frequentemente submetidos a procedimentos invasivos e estão sujeitos a suas complicações, como infecções hospitalares (IH), que pioram o seu desfecho. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o impacto das IH na mortalidade de pacientes com covid-19.

Métodos

Estudo analítico do tipo coorte retrospectiva, de abordagem quantitativa, desenvolvido na UTI de um grande hospital. Feita avaliação dos dados de todos os pacientes diagnosticados com covid-19 internados no período de março de 2020 a março de 2021. O grupo de casos foi constituído por pacientes que desenvolveram IH. As análises estatísticas foram realizadas no SPSS Versão 24. Utilizou-se teste qui-quadrado, T-Student e teste exato de Fischer, convencionando-se como nível de significância uma probabilidade inferior a 0,05.

Resultados

Dentre os avaliados, 431 preencheram critérios de inclusão, sendo 294 (68,2%) do sexo masculino, com média de idade de 60 anos e 137 (31,8%) do sexo feminino, com média de idade de 65 anos. No geral, 325 pacientes (75,4%) tinham idade superior a 60 anos e 58 (13,5%) apresentaram IH. Destas, pneumonia foi a mais frequente, presente em 52 (12,1%) dos pacientes, seguida de infecções primárias de corrente sanguínea laboratorial em 14 (1,4%). Quanto ao desfecho, entre os pacientes do grupo caso, 43 (60,3%) evoluíram para o óbito e 28 (39,4%) tiveram alta. OR = 2,5 (p < 0,01). Dentre os pacientes com pneumonia, 33 (63,5%) foram a óbito OR: 2,8 (p < 0,05) e dentre os casos de IPCSL, 11 (78,6%) foram a óbito. OR:5,5 (p < 0,05). Não houve associação estatisticamente significativa entre outras IH e óbito.

Conclusões

A ocorrência de IH em pacientes internados por covid-19 na UTI estudada mostraram associação estatisticamente significativa com óbito. Dentre as IH, pneumonia e IPCSL mostraram associação significativa. Não houve correlação com outras infecções hospitalares.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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