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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 138
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IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19 NA COBERTURA VACINAL NO ESTADO DE RORAIMA, AMAZÔNIA OCIDENTAL, BRASIL
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Maria Soledade Garcia Benedettia, Emerson Ricardo de Sousa Capistranob, Bruna Benedetti Valérioa, Lara Benedetti Bispoc, Roberta Nogueira Calandrini de Azevedod, José Vieira Filhob
a Universidade Federal de Roraima (UFRR), Boa Vista, RR, Brasil
b Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (SESAU), Boa Vista, RR, Brasil
c Universidade Nilton Lins, Manaus, AM, Brasil
d Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista (SMSA), Boa Vista, RR, Brasil
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Introdução/Objetivo

No mundo, no ano de 2020, 23 milhões de crianças não receberam as vacinas de rotina, representando 3,7 milhões a mais do que em 2019, deixando-as em risco de contrair doenças evitáveis, como sarampo, poliomielite ou meningite. O Brasil, em 2020, passa pela pior adesão da série histórica, 29% dos pais adiaram a vacinação dos filhos após o surgimento da pandemia da COVID-19. As regiões Norte e Centro Oeste destacam-se da média: 40% das famílias atrasaram a imunização. Diante desse cenário, o objetivo do estudo é analisar a cobertura vacinal (CV) das crianças menores de um ano antes e durante a pandemia da COVID-19 em Roraima.

Métodos

Estudo descritivo e retrospectivo sobre a CV das vacinas aplicadas nas crianças menores de um ano entre os anos de 2019 (pré-pandemia) e 2020 (durante a pandemia). As vacinas selecionadas foram: BCG, hepatite B em crianças até 30 dias, hepatite A, rotavírus humano, meningococo C, penta, pneumocócica, poliomielite, febre amarela, tríplice viral (D1 e D2). Os dados foram levantados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/MS).

Resultados

Das vacinas analisadas, no geral, a redução da CV, entre 2019 e 2020, foi de 10,84%. Mais de 90% das vacinas tiveram redução da CV em 2020. Em ordem decrescente, a redução foi de 22,01% para a vacina tríplice viral (D2), 20,38% para a hepatite B em crianças até 30 dias, 19,49% para hepatite A, 19,38% para febre amarela, 17,76% para a BCG, 12,38% para a tríplice viral (D1), 6,91% para a poliomielite, 4,94% para o meningococo C, 4,19 % para o rotavírus humano e 3,79% para a pneumocócica. Apenas as vacinas BCG (meta 90%) e hepatite B em crianças até 30 dias (meta 95%) atingiram a meta nesses anos. A penta teve aumento de 12,08% na comparação de 2019 e 2020, porém ficou abaixo da meta de 95% nos dois anos.

Conclusão

A realidade imposta pela pandemia da COVID-19, levando ao confinamento das pessoas e ao distanciamento social, alterou drasticamente a rotina de toda a sociedade, e foi determinante para intensificar as baixas CV em Roraima em menores de um ano de idade. A baixa CV pode colocar em risco a saúde de todos, especialmente frente à recente situação epidemiológica do sarampo no estado, da febre amarela que é endêmica, da coqueluche e da difteria que são ameaças constantes devido a intensa migração venezuelana para o estado. As vacinas aplicadas ao nascimento possuem melhores CV que as vacinas aplicadas na Atenção Básica de Saúde.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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