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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-459 - PIELONEFRITE ENFISEMATOSA EM PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO
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Breno Henrique de Souza, Ana Cristina Medeiros Gurgel, Jaqueline Forestieri Bolo, Rodrigo Pressoto Burim
Hospital Santa Rita, Maringá, PR, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A pielonefrite enfisematosa é uma forma grave e rara de infecção do trato urinário (ITU), caracterizada pela presença de gás dentro dos tecidos renais. Fatores de risco como diabetes e uso de imunossupressores aumentam o risco para a patologia e desfechos desfavoráveis, com alto potencial de disseminação sistêmica e choque séptico.

Objetivo

Relatar um caso clínico de pielonefrite enfisematosa em paciente imunossuprimida, destacando a complexidade diagnóstica e a importância de uma abordagem multidisciplinar para o manejo eficaz.

Método

Metodologia de relato de caso.

Resultados

Paciente do sexo feminino, 74 anos, com histórico de doença renal crônica, hipertensão, diabetes e artrite reumatoide, em uso de metotrexato e hidroxicloroquina. Procurou atendimento por piora do nível de consciência, sonolência e confusão, sendo regulada por suspeita de acidente vascular encefálico. Após admissão, familiares relataram dor abdominal em flanco direito com piora há quatro dias. Com suspeita de sepse de foco urinário e rápida piora clínica, foi realizada tomografia de abdome, que mostrou presença de gases na região da loja renal direita. Iniciada antibioticoterapia com ceftriaxona em cobertura empírica e coletadas culturas, a paciente foi encaminhada à UTI. Avaliada pela urologia, foi indicada abordagem cirúrgica para controle do foco infeccioso. Devido à instabilidade clínica, optou-se por manejo não invasivo, priorizando compensação hemodinâmica e de função renal, sendo indicada hemodiálise de urgência no segundo dia de internação por hipercalemia refratária e uremia. No terceiro dia, em reavaliação pela urologia, decidiu-se por abordagem cirúrgica de urgência. A paciente foi submetida a laparotomia, com nefrectomia à direita. Retornou à UTI após o procedimento com instabilidade hemodinâmica grave. Realizado escalonamento de antibiótico para piperacilina+tazobactam. Paciente evoluiu a óbito no quarto dia de internação por choque séptico refratário. Culturas intraoperatórias foram negativas, mas hemoculturas da admissão mostraram crescimento de Escherichia coli multi-sensível, incluindo ceftriaxona.

Conclusão

Este caso ilustra a gravidade das ITUs em pacientes imunossuprimidos e ressalta a importância da suspeita e tratamento adequado. A pielonefrite enfisematosa é uma complicação rara e potencialmente fatal que requer intervenção cirúrgica imediata. A abordagem multidisciplinar, envolvendo especialistas em urologia, infectologia e terapia intensiva, é fundamental para um manejo eficaz desses casos.

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