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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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(October 2024)
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EP-351 - SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ COMO COMPLICAÇÃO DE INFECÇÃO POR DENGUE - RELATO DE CASO
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Rafael Vale Spirlandelli, Lara Costa Corrêa, Lucio Takeshi Nagamati, Maria Alice Mora Scalese, Marcos Barros de Sousa e Silva
Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma neuropatia periférica rara (0,6 a 4 casos/100 mil habitantes no mundo) com paralisia flácida aguda e ascendente sendo possível após infecção viral. Já a dengue é mais frequente, mas a associação das duas é muito rara.

Objetivo

Relatar caso de SGB após dengue e a evolução após terapia.

Método

Clínica da internação e prontuário e revisão de literatura 1) Lim e cols,A Rare Combination: Dengue Fever Complicated With Guillain-Barre Syndrome.Cureus.2023, June; 15(16).

Resultados

Paciente masculino de 56 anos com história de febre e dor em articulações em 15/02/2024 iniciou quadro de progressiva perda de força nos membros inferiores ascendendo para membros superiores, com um teste rápido reagente com IgM para dengue em 17/02/2024. Em 21/02/2024 ele chega a uma UPA com bradipneia e piora cognitiva, necessitando assim de intubação orotraqueal. A análise do líquor mostrou: proteínas totais de 160 mg/dL corroborando a hipótese de SGB e assim iniciou- se o tratamento com imunoglobulina por 5 dias. Três dias após o início da imunoglobulina optou-se pela extubação orotraqueal. Em março de 2024 uma eletroneuromiografia de membros superiores e inferiores evidenciou sinais de comprometimento neuropático assimétrico, não uniforme, das fibras sensitivo- motoras, predominantemente motor, de natureza desmielinizante. Após o tratamento com a imunoglobulina, o paciente apresentou melhora progressiva da força muscular, recuperando sua capacidade de deambular com apoio e recebendo alta com bons critérios clínicos em abril de 2024.

Conclusão

O tratamento da SGB é dividido em medicamentoso, com a imunoglobulina humana, e não medicamentoso, com a plasmaferese, que consiste na separação do plasma e das células sanguíneas, retirando assim os anticorpos e outros fatores responsáveis pela lesão nervosa visando aumentar a probabilidade da deambulação de forma independente, a diminuição do tempo de ventilação mecânica, o risco de infecções graves e a mortalidade em um ano. Devido à característica invasiva e mais perigosa da plasmaferese a rápida instalação da imunoglobulina é a melhor opção de tratamento inicial. O caso relatado é uma rara associação da SGD e da dengue sendo relevante porque a incidência desta arbovirose tem aumentado muito na atualidade, podendo assim passar a ser mais frequente. Após o manejo de acordo com o protocolo recomendado obtivemos uma boa evolução clínica do paciente.

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