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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
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EP-193 - ALARME FALSO: FREQUÊNCIA, VARIAÇÕES TEMPORAIS E FATORES ASSOCIADOS A RESULTADOS FALSO POSITIVOS NO RASTREAMENTO DE SÍFILIS EM DOAÇÕES DE SANGUE
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Carolina Bonet-Bub, Lucas Kallas-Silva, Leandro Dinalli dos Santos, Valeria de Freitas Dutra, José Mauro Kutner, Vivian I. Avelino-Silva
Faculdade Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Bancos de sangue utilizam exames de rastreamento altamente sensíveis na triagem de doações de sangue e hemoderivados para garantir a segurança do receptor. Consequentemente, a frequência de resultados falso positivos é relativamente alta, levando ao descarte desnecessário de hemocomponentes, gastos adicionais com testes confirmatórios, e provocando sofrimento ao doador.

Objetivo

Descrever a frequência e porcentagem de resultados sorológicos falso positivos para sífilis durante dez anos de rastreamento no banco de sangue do Hospital Israelita Albert Einstein, e investigar fatores associados.

Método

O banco de sangue do Hospital Israelita Albert Einstein utiliza o teste de quimioluminescência (QML) para o rastreamento de sífilis em doações de sangue e hemoderivados, seguido do FTA-Abs e VDRL quando a QML apresenta resultado reagente ou indeterminado. Foram considerados resultados falso positivos aqueles com QML reagente e resultados não reagentes para FTA-Abs e VDRL. Descrevemos a ocorrência de falso positivos para sífilis utilizando frequências e porcentagens, e investigamos fatores associados a resultados falso positivos utilizando modelos de Poisson modificados uni e multivariados, incluindo sexo, idade, raça, escolaridade, estado civil e tipo de doação como variáveis independentes.

Resultados

De janeiro/2013 a dezembro/2022, dentre 128.134 doações, 677 (0,53%) tiveram QML positiva e 214 (31,61%) foram falsos positivas. A porcentagem de casos com rastreamento positivo para sífilis variou entre 0,32% (2019) e 0,75% (2013), e a porcentagem de falsos positivos variou entre 13,58% (2021) e 43,16% (2013). Observamos associação inconsistente entre idade e resultados falso positivos tanto na análise univariada quanto no modelo múltiplo. Doação recorrente foi associada a menor prevalência de resultados falso positivos em relação a doações de primeira vez tanto na análise uni (razão de prevalência [RP] 0,27; intervalo de confiança [IC] 95% 0,19-0,38) quanto na análise multivariada (RP ajustada 0,24; IC 95% 0,16-0,35). Não houve diferença estatisticamente significante na prevalência de falsos positivos conforme sexo, raça, escolaridade e estado civil.

Conclusão

Resultados falso positivos representaram aproximadamente um terço de todas as doações com rastreamento positivo para sífilis, com importantes variações anuais. Idade avançada e doação pela primeira vez foram associadas a maior prevalência de resultados falso positivos.

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