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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-167 - EFEITO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL APÓS SWITCH PARA DOLUTEGRAVIR SOBRE O PESO E O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ENTRE PESSOAS VIVENDO COM HIV, SALVADOR - BAHIA
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Marina Possídio, Monaliza Rebouças, Fabianna Bahia, Beatriz Dantas, Leonardo Zollinger, Ana Carolina Menezes
CEDAP, Salvador, BA, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O Brasil fez a transição (switch) para regimes baseados em Dolutegravir (DTG) em pessoas vivendo com HIV (PVHIV) conforme as recomendações do Ministério da Saúde. Ganho de peso e alterações da composição corporal associado ao uso do DTG tem sido relatado em estudos recentes.

Objetivo

Avaliar as mudanças no peso corporal e estado nutricional antes e depois do switch para um regime baseado em DTG em 60 meses.

Método

Trata-se de uma coorte de PVHIV com switch para terapia ARV baseada em DTG em 2018, acompanhados no centro de referência CEDAP, Salvador, Bahia. Foram incluídos os maiores de 18 anos com ao menos 1 medida de peso e altura durante o período pré e pós-troca até 60 meses de seguimento. A variação de peso, índice de massa corporal (IMC), as medidas de carga viral do HIV (CV) e adesão (baseada no número de retiradas de ARV) foram realizadas a cada 12 meses. Para análise, utilizamos o Qui Quadrado e o teste t de Student pareado conforme pressupostos e consideramos a significância estatística, os valores de p < 0,05 e Intervalo de confiança de 95%. Este é um subprojeto do ECOAH-30, aprovado pelo CEP-SESAB.

Resultados

Um total de 67 (27,9%) pacientes usaram DTG após o switch por pelo menos 60 meses. A amostra se caracterizou pela prevalência do sexo masculino (71,6%), média de idade de 45,3±10,5 anos e procedência de Salvador (91,0%). Cerca de 54,3% da amostra tinham diagnóstico de infecção pelo HIV há mais de 10 anos e 73,3% em uso de ARV há mais de 5 anos. A CV manteve-se indetectável em 98,5% dos casos e boa adesão (95,5%) aos 60 meses. Observou-se um aumento de 3,2±3,7Kg no peso e de 1,3±0,9Kg/m² no IMC (p < 0,01), no período. Verificou-se um aumento médio de 1,0±0,3kg a cada ano após switch. Em 64,2% pacientes foi observado o ganho de ao menos 2 Kg de peso absoluto e, em 31,3% pacientes, o ganho foi superior a 10% do peso corporal. Não houve diferença no ganho de peso absoluto entre os sexos. Houve redução das taxas de eutrofismo e aumento da taxa de obesidade (p < 0,01), com mudança de eutrofismo para sobrepeso (p < 0,01) e sobrepeso para obesidade (p < 0,01).

Conclusão

Nossos achados apontam aumentos significativos do peso corporal e obesidade a longo prazo após switch para DTG. Esse dado é preocupante visto a associação de ganho de peso com distúrbios cardiometabólicos. As influências da dieta ou prática de atividade física e marcadores laboratoriais não foram avaliados neste estudo.

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