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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-087 - FATORES ASSOCIADOS A ALTA TAXA DE ABANDONO DO TRATAMENTO DE TB DR EM UM CENTRO TERCIÁRIO DA CIDADE DE SÃO PAULO
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Vitória Annoni Lange, Carolini Cristina Valle, Denise do Socorro da Silva Rodrigues, Paulo Roberto Abrão Ferreira
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A adesão ao tratamento da tuberculose (TB) é um grande desafio no seu controle. No ano de 2022, no Brasil, a TB foi a segunda causa de morte por um único agente infeccioso; Neste mesmo ano, estima-se que 10,6 milhões de pessoas desenvolveram a doença e 1,3 milhões vieram a óbito. Nesse contexto a tuberculose drogarresistente (TB DR) apresenta problemas ainda maiores, uma vez que, são quadros de maior complexidade, o tratamento possui uma maior duração, o número de comprimidos é maior, e a chance de desenvolver efeitos adversos também. Dessa forma demanda um custo elevado para o sistema de saúde e a necessidade de serviços especializados. Entre 2018 e 2020 houve uma redução do numero de tratamentos de TB DR bem sucedidos em todo o Brasil e o número de interrupções, em 2020, foi de 24,2%.

Objetivo

Descrever os fatores associados a alta taxa de abandono do tratamento de TB DR em pacientes atendidos no instituto Clemente Ferreira, na cidade de São Paulo.

Método

Foram analisados os prontuários de 100 pacientes, com diagnóstico de TB DR atendidos no Instituto Clemente Ferreira, situado na cidade de São Paulo, entre os anos de 2021 e 2023. Além dos prontuários físicos, informações sobre o tratamento também foram verificados no SITE-TB.

Resultados

Após a análise dos 100 prontuários, foi constatado que, até o momento, 34 pacientes abandonaram o tratamento, 33 tiveram cura, 8 vieram a óbito e 25 ainda mantém o tratamento. Os pacientes estavam em uso de drogas, que compõem o esquema atual para TB DR preconizado pelo Ministério da Saúde (Bedaquilina, Levofloxacino, Linezolida e Terizidona). Entre os fatores de risco, associado ao abandono, 47% dos pacientes eram tabagista, 47% eram usuários de drogas ilícitas, 26,47% eram etilista, 20,58% eram população em situação de rua, 14,7% possuíam diabetes mellitus e 14,7% possuíam HIV. 70% eram do sexo masculino e a média de idade foi de 34%.

Conclusão

Ações são necessárias para alcançar a meta adotada pelo Ministério da Saúde a fim de eliminar a doença como um problema de saúde pública. E uma das maiores preocupações acerca do tratamento para TB é sobre as altas taxas de abandono existentes no Brasil. Dessa forma medidas a fim de combater esse problema se fazem de extrema importância.

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