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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-015 - CARGA VIRAL DE SARS-COV-2 E SOBREVIDA EM PACIENTES COM COVID-19 NO MUNICIPIO DE SÃO CARLOS: ESTUDO DE COORTES
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Nathalia Gardin Pessoa, Sigrid de Sousa Santos, Renata S.B. Reis Woloszynek, Roberto Augusto Silva Molina, Meliza Goi Roscani, Matheus Jorge Iani, Caio César Melo Freire, Paulo Inacio Costa, Anderson Ferreira Cunha
Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Cargas virais do SARS-CoV-2 elevadas e mantidas em secreções respiratórias parecem estar relacionadas a gravidade da COVID-19. No entanto, alguns autores observaram elevada carga viral mesmo em pessoas assintomáticas. Diversos fatores podem estar implicados como maior inóculo na transmissão, menor controle de replicação, menor resposta ao tratamento. Assim, são necessários estudos da influência da dinâmica de secreção viral em secreções respiratórias na letalidade por COVID-19.

Objetivo

Avaliar a associação entre a evolução da carga viral do SARS-CoV-2 em secreções respiratórias e o prognostico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19, em termos de necessidade de ventilação mecânica não invasiva (VMNI), de ventilação mecânica invasiva (VMI), ou de evolução para óbito ou para desenvolvimento de sequelas, e seus fatores associados.

Método

Estudo de coortes. Exposição: carga viral do SARS-CoV-19 estimada pelo método ΔCt; desfecho: VMNI, VMI, sequela cardíaca ou pulmonar, alta/óbito. Participaram do estudo indivíduos adultos (idade ≥18 anos) internados por SRAG por SARS-CoV-2. Realizado questionário padronizado com informações demográficas, epidemiológicas, clínicas, virológicas, laboratoriais e de imagem, de necessidade de suporte, e de tratamento, no programa RedCap. Os pacientes eram reavaliados em mais quatro ocasiões com novos RT-PCR para SARS-CoV-2 em secreção de nasofaringe (48-72h, 6-8 dias, 10-15 dias, 20-25 dias). Avaliada a evolução com VMNI ou VMNI, alta/óbito hospitalar, sequelas pulmonares e cardiovasculares, além da produção de anticorpos neutralizantes (AN).

Resultados

Entre 10/2020 e 11/2021, foram inclusos 23 pacientes com SRAG por SARS-CoV-2. Metade dos pacientes necessitaram suporte de O2 com máscara com reservatório e 26,1% foram submetidos a VMI. Dois pacientes evoluiram com o óbito. A carga viral do SARS-CoV-2 por ΔCt em swab de naso/orofaringe se manteve elevada (> 10) após 7d de internação em pacientes que evoluiram com óbito. Fatores associados ao óbito na admissão foram idade > 60 anos, hipotermia, bradicardia, hipotensão, alterações ECG (alargamento da onda p e BAV de 1 grau), contagem neutrófilos < 5000 células/mm3, D-dímero > 1 mg/L; PCR < 10 mg/dL e bilirrubina total < 0,4 mg/dL. Os dois pacientes que evoluíram com o óbito não receberam corticoide nas primeiras 72h de internação. > 95% dos pacientes evoluíram com produção de AN após a doença (mediana de 99,3%).

Conclusão

A manutenção de carga viral elevada após uma semana parece associada à letalidade.

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