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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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ENDOCARDITE INFECCIOSA POR LISTERIA SPP. EM DOIS CENTROS DE REFERÊNCIA PARA CARDIOLOGIA NO BRASIL
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Cristiane da Cruz Lamasa,
Corresponding author
cristianelamas@gmail.com

Corresponding author.
, Rafael Silveira Batistab, Rafael Quaresma Garridoa, Giovanna Ianini Ferraiuoli Barbosaa, Bruno Zappaa, Francisca Pereira Ribeiroc, Angela Maria Rodrigues Dantasc, Diego Augusto Medeiros Santosc, Tania Mara Varejão Strabellic, Caio Trevelin Samboc, Vitor de Medeiros Milczwskic, Rinaldo Focaccia Sicilianoc
a Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Instituto do Coração, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Endocardite infecciosa (EI) é uma doença grave que acomete principalmente as valvas cardíacas, sejam nativas ou protéticas, dispositivos intracardíacos ou outras estruturas. A EI por Listeria monocytogenes é um evento infrequente. Esta bactéria é um bastonete Gram positivo, mais associado com gastroenterite febril, infecção em gestantes, bacteremia e meningite no idoso e imunocomprometido. Quando causa endocardite, acomete pessoas com doenças cardíacas prévias e tem elevada letalidade (48%). Este trabalho tem como objetivo descrever sete casos de endocardite por Listeria spp. diagnosticados em dois centros de referência para cardiologia de alta complexidade, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro. Todos os pacientes tiveram hemoculturas positivas para Listeria. A idade média foi de 73 anos e todos eram do sexo masculino. Entre as comorbidades apresentadas, a mais prevalente foi hipertensão arterial sistêmica (85%), seguida de diabetes mellitus (42%) e doença renal crônica (42%). Dentre as predisposições para EI, 85% dos pacientes tinham prótese valvar e um deles apresentou EI no passado. Apenas um paciente apresentou EI em valva nativa. A posição aórtica foi a mais acometida, seguida pela mitral. Não foram descritos casos em valvas à direita. Em quatro dos casos, foram identificadas vegetações com tamanho que variaram entre 4 e 9 mm. Nos demais, encontrou-se abscesso paravalvar (2), fístula (2) e insuficiência mitral (1). Todos os pacientes foram tratados com ampicilina, em geral por 42 dias. Em cinco casos, foi feita associação com outro antimicrobiano (gentamicina em 3 casos e vancomicina em 2), por um período menor de tempo. Entre as complicações, as mais prevalentes foram presença de fístula e abscesso (ambas com 28%). Em três dos casos, os pacientes foram submetidos a cirurgia. Por último, dois pacientes evoluíram para óbito como desfecho clínico. Os casos apresentados tem características semelhantes ao que já havia sido descrito. Uma revisão de 100 casos mostrou predomínio de casos no sexo masculino (62.6%), com idade média de 65 anos e envolvimento de valva mitral em pacientes com prótese. No entanto, havia uma prevalência menor, em torno de 43%, com valva protética, possivelmente por viés de referenciamento. De maneira semelhante, dois terços dos pacientes não precisaram de cirurgia valvar. Em relação ao desfecho, um terço dos pacientes evoluíram para óbito.

Palavras-chave:
Endocardite Listeria Cardiologia
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