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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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DESCRIÇÃO DO PERFIL CLÍNICO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE NO ESTADO DO CEARÁ, NO PERÍODO DE 2018-2021
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Rebeca Gomes de Amorim
Corresponding author
malikbeca14@gmail.com

Corresponding author.
Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Considerada uma das mais antigas enfermidades conhecidas pelo homem, a hanseníase ainda representa um desafio para a saúde pública em muitas regiões do mundo. O perfil clínico da hanseníase varia desde formas paucibacilares, que apresentam poucas lesões cutâneas e um menor potencial de transmissão, até formas multibacilares, caracterizadas por um maior número de lesões e um maior risco de disseminação da doença. Além disso, a hanseníase pode causar danos aos nervos periféricos, resultando em diferentes graus de comprometimento neurológico. Assim, objetivou-se com esse estudo descrever o perfil clínico de casos novos de hanseníase do estado do Ceará, no período de 2018-2021. Estudo transversal sobre o perfil clínico dos casos novos de hanseníase do estado do Ceará, no período de 2018-2021. Os dados foram coletados no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e avaliados estatisticamente com o software Stata versão 11.2 (StataCorp LP Corporation, College Station, TX, EUA). Foi analisado um total de 5.648 casos novos de hanseníase no período de 2018 a 2021. O ano de 2020 apresentou o menor quantitativo de casos, representando 20,06% da amostra (n=1.133) e o ano de 2018 apresentou o maior quantitativo, com 29,88% (n=1.688). Em relação às variáveis clínicas, 51,13% (n=2.888) dos casos novos de hanseníase foram detectados por meio de encaminhamento, sendo 69,90% (n=3.948) notificados como casos multibacilares e 35,41% (n=2.000) com forma clínica dimorfa. No que se refere à avaliação do Grau de Incapacidade Física (GIF) no momento do diagnóstico, um percentual representativo de 14,66% (828) dos casos não tiveram seu grau de incapacidade avaliado e 8,11% (n=458) de pessoas apresentaram GIF 2 no momento em que foram diagnosticadas. Quanto ao quesito tipo de saída, 37,08% (2.094) das pessoas receberam alta por cura e 2,43% (n=137) abandonaram o tratamento. Além disso, houve um quantitativo expressivo de 51,65% (n=2.917) de informações deixadas em branco em relação à variável tipo de saída. Em suma, o perfil clínico da hanseníase é diversificado e influenciado por diversos fatores. Compreender esses aspectos é fundamental para direcionar estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando reduzir a carga da doença e alcançar melhores resultados para as pessoas afetadas pela hanseníase.

Palavras-chave:
Perfil Clínico Hanseníase Ceará
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