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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS MÉDICOS SOBRE A FEBRE Q VISANDO CONTRIBUIÇÕES INTEGRATIVAS EM SAÚDE PÚBLICA
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Igor Rosa Meurera,
Corresponding author
igor_meurer@hotmail.com

Corresponding author.
, Marcio Roberto Silvab, Ronald Kleinsorge Rolandc, José Otávio do Amaral Corrêad, Elaine Soares Coimbrae
a Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
b Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG, Brasil
c Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
d Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
e Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

A febre Q é uma zoonose negligenciada e subnotificada em muitos países. É causada pela bactéria Coxiella burnetii, que além de apresentar resistência e estabilidade ambiental, é um dos agentes mais infecciosos ao ser humano. Na fase crônica da doença podem ocorrer complicações graves e fatais. No Brasil, existem estudos que demonstram que o patógeno causador da febre Q apresenta circulação tanto em humanos, como em animais e alimentos. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento dos profissionais médicos sobre a febre Q visando contribuições integrativas em saúde pública.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, com coleta de dados através de um questionário estruturado, aplicado de forma presencial em médicos de várias especialidades clínicas atuantes nos três níveis de atenção à saúde do município de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, entre os meses de março e agosto de 2022. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (Número do Parecer: 5.277.686).

Resultados

Entre os 254 médicos incluídos no estudo, 236 (92,91%) desconheciam a febre Q. Apenas três (16,67%), dos 18 que acertaram pelo menos uma questão específica sobre a doença, tiveram um aproveitamento de mais que 50%. Foram observadas maiores taxas de acerto de pelo menos uma questão (p < 0,0001) nas especialidades clínicas mais relacionadas aos sinais clínicos e sintomas da febre Q e entre os do sexo masculino. Entre os seis infectologistas participantes, dois (33,33%) acertaram pelo menos uma questão específica. Destaca-se que 85,83% dos médicos consideram a febre Q uma doença negligenciada e subnotificada no Brasil.

Conclusão

O quase total desconhecimento dos profissionais médicos em relação a febre Q reforça a necessidade de maior abordagem sobre essa zoonose nas Faculdades de Medicina, em Programas de Residência Médica e para os médicos em geral, demonstrando sua importância na prática clínica e na realização de diagnósticos diferenciais. Além disso, torna-se relevante a inclusão da febre Q na lista nacional de doenças de notificação compulsória permitindo um melhor conhecimento da situação epidemiológica no Brasil. Por fim, espera-se que ações efetivas de saúde pública sejam realizadas evitando o subdiagnóstico da febre Q, o desenvolvimento de casos graves e a possibilidade da ocorrência de surto da doença.

Palavras-chave:
Febre Q Coxiella burnetii Saúde Pública
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