O objetivo deste estudo foi analisar os fatores de risco associados a chance de óbito em indivíduos internados com SARS CoV 19 (COVID 19) em um hospital privado.

Foram coletados, retrospectivamente, uma série de casos dos indivíduos diagnosticados com infecção pela COVID 19 (RT-PCR swab nasal - positivo) e internados no Hospital Alianca - Rede DOR, desde Fevereiro de 2020 a Janeiro de 2021. Foi realizada uma análise de regressão logística para estudar as variáveis clínicas associadas com um maior risco de morte. Um valor de p < 0,005 foi considerado estatisticamente significante. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNEB sob o CAAE 34279620.4.0000.0057.

Um total de 400 pacientes (58,5% homens, média de idade 63,7+17,6 anos) foram avaliados. As comorbidades mais comuns (nos prontuários com registro das comorbidades) foram, em ordem decrescente: Hipertensão Arterial (55,5%), Diabetes Mellitus (30,8%), Dislipidemia (23,6%) Obesidade (15,5%), Neoplasias Malignas (6,3%), Asma e DPOC (5% e 5,8% dos casos). Os sintomas mais comuns: Febre (66,8%), Tosse (61,3 %) e Dispneia (47,0%). Os pacientes ficaram internados em média 14,6 + 10,5 dias. A mortalidade geral foi igual a 14,8%. Usaram Ventilação Mecânica Invasiva 25% e Circulação Extracorpórea (ECMO 0,5% - 2 pacientes). Hemodiálise foi necessária em 5,8%. Em uma análise de regressão logística, foram incluídas as variáveis significativamente associadas com uma maior chance de óbito: Uso de Ventilação Mecânica, p < 0,0001; Lactato elevado, p < 0,0001; Uso de Hemodiálise, p<0,02 e as comorbidades asma brônquica (p<0,02) e Hipertensào Arterial Sistêmica (p < 0,05). Foi construído um modelo matemático de regressão logística que revelou um R2 = 0,43 com p < 0,0001.

As variáveis associadas com um pior prognóstico foram a presença de Asma Brônquica e Hipertensão Arterial Sistêmica, além de lactato elevado e uso de Ventilação Mecânica Invasiva e hemodiálise. Este trabalho teve o apoio da Fundação Maria Emília para o Autor Aquiles Camelier.