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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DURANTE UM PERÍODO DE SEIS MESES: PREDOMINÂNCIA DE CEPAS MULTIDROGA RESISTENTES
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Giovanna Groult da Silva
Corresponding author
giovannagroult@id.uff.br

Corresponding author.
, Caroline da Conceição Araujo, Beatriz Correa Rodriguez, Raiane Cardoso Chamon
Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivos

Staphylococcus aureus é um patógeno de grande relevância clínica, destacando-se as cepas MRSA (Methicillin-resistant S. aureus), que estão relacionadas a presença do gene mecA. É importante ressaltar o surgimento de cepas multidroga resistentes (MDR), que representam uma grave ameaça à saúde pública. O objetivo deste estudo foi caracterizar amostras de S. aureus isoladas em um Hospital Universitário do Rio de Janeiro durante um período de 6 meses, de diferentes materiais clínicos (abscessos, biópsias, líquido sinovial, aspirado traqueal, etc.).

Métodos

Coletadas de forma consecutiva, 24 amostras de S. aureus foram submetidas ao teste de disco-difusão para determinação do perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. Amostras caracterizadas como MRSA foram submetidas à PCR para detecção do gene mecA.

Resultados

A maioria das amostras (17/24; 70,8%) foi isolada de indivíduos do sexo masculino, e a média de idade foi de 48,4 anos (± 22,3 anos). Do total, 14 amostras foram associadas à infecção de pele e partes moles (58,3%), nove à infecções respiratórias (37,5%) e uma à infecção de ossos e articulações (4,2%). Todas as amostras foram suscetíveis à daptomicina, linezolida, teicoplanina, tigeciclina, trimetoprima-sulfametoxazol e vancomicina. Entretanto, observamos uma alta taxa de isolamento de cepas MRSA (33,3%), todas mecA+. Altas taxas de resistência foram encontradas para eritromicina (66,7%), ciprofloxacino (66,7%) e clindamicina (54,2%). Além disso, foram observadas taxas de resistência à gentamicina (33,3%), ceftarolina (16,6%), mupirocina e rifampicina (8,3%). Vale ressaltar que cerca de 54% das amostras apresentaram perfil MDR, caracterizado pela resistência à três ou mais classes de antimicrobianos, independente da presença do gene mecA. Além disso, a resistência à gentamicina, eritromicina e clindamicina esteve relacionada a amostras MSSA (Methicillin-susceptible S. aureus) (p-valor < 0,05).

Conclusão

A alta taxa de isolamento de cepas MRSA, e a ocorrência de cepas MDR, independente da presença do gene mecA, aponta uma possível disseminação da resistência antimicrobiana entre S. aureus isolados de pacientes atendidos no hospital de estudo. Logo, concluímos que é de extrema importância a vigilância constante da resistência antimicrobiana, a fim de auxiliar e possivelmente propor medidas de controle e prevenção de infecções por S. aureus em nosso hospital de estudo.

Palavras-chave:
Staphylococcus aureus MRSA MDR Resistência
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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