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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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RECAÍDA CLÍNICA E PERDA DE HBSAG APÓS INTERRUPÇÃO DE TRATAMENTO ANTIVIRAL EFETIVO EM INDIVÍDUOS COM HEPATITE B CRÔNICA NÃO CIRRÓTICOS HBEAG- RESULTADOS PRELIMINARES - ESTUDO REOT-B
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Tania Reuteraa,
Corresponding author
tania.reuter@gmail.com

Corresponding author.
, Danielli Souza Sant'Anab, Giovanna Barillec, Ingrid Soares Marques Segalb, Waltesia Perinib, Amanda Lima Mutzb, João Vitor Faleiros Barrosb, Lucas Rocha Daltob
a Departamento de Clínica Médica, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil
b Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (HUCAM), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil
c Programa de Residência Médica em Infectologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

Não há cura para hepatite B crônica, mas o tratamento antiviral com análogos de nucleotídeo (NA), ocasionalmente, resultam na perda do HBsAg. A descontinuação segura da terapia é desafiador. O estudo investigou a eficácia/segurança avaliada pela perda do HBsAg e taxa de recaída clínica após descontinuação de Tenofovir/Entecavir em 73 pacientes com hepatite B crônica, não cirróticos, em supressão virológica, tratados por > 03 anos.

Métodos

Ensaio clínico aberto, prospectivo de 36 meses, não controlado em portadores de hepatite B crônica, HBeAg negativos. Critérios de Inclusão: HBsAg positivos, uso de NA por > 3 anos, supressão virológica por > 18 meses; exclusão: cirróticos, HIV/HCV, alcoolismo ativo e CHC na família. HBsAg quantitativo, HBV DNA, HBeAg/anti-HBe, TGO/TGP, bilirrubinas, plaquetas e APRI foram realizados na descontinuação do antiviral e nos meses 1, 2, 3 e 6 (M0, M1, M2, M3 e M6). Desfechos: recaída clínica: HBV-DNA >20.000 UI/mL e TGP >10 vezes o limite superior da normalidade; retratamento: reintrodução de antiviral; perda do HBsAg: HBsAg negativo durante seguimento; elevação de HBV-DNA: qualquer valor positivo HBV DNA; elevação de TGP: qualquer valor acima da referência.

Resultados

A média de idade foi de 53,6 (+/- 11) anos, sendo 58.9% (43) homens, 43.8% (32) pardos, provável transmissão familiar em 42,5% (31) e 51.1% (39) dos indivíduos sem comorbidades. Ausência de alcoolismo em 71.2% (52). No momento da descontinuação do NA, constatou-se uso de antiviral há 7,2 anos (média; DP 2,67), sendo 59.2% (45) com tenofovir e 34,2% (26) com entecavir, em supressão virológica há 6,28 anos (média/DP 2,3). No seguimento, a mediana HBsAg foi de 3,38 Log10 (IQR 0,05) e de HBV-DNA 2,38 Log10 (IQR 0,93) e TGP de 24.4 (média/DP 10,5). A taxa cumulativa de retratamento no M1, M2, M3 e M6 foi de 0% (0); 2,7% (2); 5,4% (4); 5,4% (4) respectivamente. Durante 6 meses, 4 pacientes apresentaram perda do HBsAg, sendo 1,35% (1) no M2 e 4,05% (3) no M3, totalizando taxa cumulativa de 5,4% (4) até o M6.

Conclusão

Os resultados preliminares desse estudo original no Brasil, mostram que a descontinuação do uso dos NA pode ser segura em pacientes com hepatite B crônica HBeAg negativos, não cirróticos, tratados por > de 3 anos, em remissão virológica > 18 meses com acompanhamento rigoroso. Apesar da frequência de elevação da carga viral do HBV, a taxa cumulativa de retratamento é baixa, e essa estratégia parece aumentar o clareamento HBsAg.

Palavras-chave:
Hepatite B crônica Descontinuação de nucleotideos Perda de HbsAg Cura funcional Terapia finita
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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