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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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FUNGEMIA POR LEVEDURAS INCOMUNS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO DOS AGENTES ETIOLÓGICOS
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Carolina Maria da Silvad,
Corresponding author
carolina.silva@upe.br

Corresponding author.
, Victor Loureiro da Silvad, Ana Maria Rabelo de Carvalhoa, Moacir Batista Jucáb, Clara Sophia de Souza Barbozad, Pauliana Valéria Machado Galvãod, Reginaldo Gonçalves de Lima Netoc, Rejane Pereira Nevesc
a Faculdade Frassinetti do Recife, Recife, PE, Brasil
b Hospital Agamenon Magalhães, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Recife, PE, Brasil
c Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Micologia, Recife, PE, Brasil
d Universidade de Pernambuco, Curso de Medicina, Serra Talhada, PE, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), compõem um ambiente de risco para fungemia devido a maior presença de fatores de risco como prematuridade e uso de dispositivos invasivos. Neste contexto, candidemia é reconhecida como a terceira causa de sepse tardia em neonatos, adicionalmente, infecções hematogênicas por leveduras incomuns têm sido relatadas e maior resistência aos antifúngicos tem sido verificada em algumas espécies. Desta forma, o objetivo do estudo foi detectar a ocorrência de fungemia por leveduras raras em UTINs de Recife-PE e determinar a susceptibilidade antifúngica in vitro dos agentes etiológicos.

Métodos

Amostras de hemoculturas de neonatos com suspeita de sepse fúngica hospitalizados em UTIN de hospitais da rede pública de saúde de Recife-PE foram encaminhadas para realização do diagnóstico micológico. Os agentes etiológicos isolados foram identificados pela taxonomia clássica e pelo sistema automatizado VITEK 2. As espécies consideradas incomuns tiveram sua taxonomia confirmada pela espectrometria de massa e sequenciamento das regiões ITS1 e ITS4 do RNAr. Os testes de susceptibilidade antifúngica in vitro foram realizados pelo método de microdiluição em caldo padronizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute.

Resultados

Foram diagnosticados 44 casos de fungemia neonatal por leveduras, destes nove foram por espécies consideradas raras. Após a taxonomia polifásica as espécies incomuns foram identificadas como C. pelliculosa (nome atual Wickerhamomyces anomalus) em cinco casos de fungemia associados a um surto que ocorreu em uma UTIN; C. haemulonii em dois casos; C. famata (nome atual Debaromyces hansenii) em um caso; e Lodderomyces elongisporus em um caso. Em relação a susceptibilidade antifúngica in vitro as leveduras incomuns testadas foram susceptíveis à anfotericina B e ao fluconazol, exceto os dois isolados de C. haemulonii que apresentaram elevada CIM frente à anfotericina B (CIM ≥8 µg/mL) e ao fluconazol (CIM ≥32 µg/mL). Todas as leveduras apresentaram baixo CIM frente às equinocandinas.

Conclusão

Fungemia por espécies raras ocorrem em UTIN de Pernambuco, sendo indispensável a instituição do diagnóstico preciso e precoce, além da realização de testes de susceptibilidade antifúngica in vitro para detecção de espécies resistentes, possibilitando desta forma, o melhor planejamento de estratégias de controle, bem como o direcionamento para melhor terapêutica.

Palavras-chave:
Candidemia
Neonatos
Infecção
Fúngica
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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