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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA CAUSANDO INFECÇÕES CUTÂNEAS E MUSCULOESQUELÉTICAS DE INÍCIO COMUNITÁRIO: UM CENÁRIO ALARMANTE DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA
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Stefânia Bazanelli Prebianchi
Corresponding author
stefaniaprebianchi@gmail.com

Corresponding author.
, Ingrid Nayara Marcelino Santos, Mauro José Costa Salles, Isabelle Caroline Frois Brasil, Lais Sales Seriacopi, Carolina Coelho Cunha, Thomas Stravinskas Durigon, Mariana Felix Cerqueira Balera
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Objetivo

O Staphylococcus aureus resistente à meticilina associado à comunidade (CA-MRSA) é comumente associado a casos graves de infecções cutâneas e musculoesqueléticas de início comunitário (Co-SMSI). A análise epidemiológica molecular de CA-MRSA recuperados de amostras de pele e partes moles é escassa na América Latina, especialmente no Brasil. Este estudo teve como objetivo identificar características fenotípicas e genotípicas de isolados de MRSA recuperados de pacientes com Co-SMSI.

Métodos

Estudo de coorte prospectiva de pacientes com Co-SMSI internados de março de 2022 a junho de 2023 em um hospital universitário brasileiro, com seguimento em até 2 meses após a alta. Os isolados MRSA foram identificados por método automatizado e MALDI-TOF-MS, e submetidos a análise genotípica por PCR do gene mecA e gene lukF e PCR multiplex para a tipagem de Sccmec, testados para resistência antimicrobiana através de difusão em disco, microdiluição em caldo e tiras E-test para avaliação da concentração inibitória mínima (CIM), de acordo com as recomendações do Comitê Brasileiro de Testes de Suscetibilidade Antimicrobiana (BrCAST).

Resultados

No total 74 pacientes foram avaliados, em 56 (75,7%) destes, o Staphylococcus aureus foi identificado em amostras de tecidos ou sangue. A biopsia de pele identificou S. aureus em 53,6%. A análise fenotípica caracterizou 28 (50%) isolados em MRSA, sendo o gene mecA identificado em 19 (33,9%) destes isolados. Sccmec tipo II e do tipo IVa foi identificado em 5 isolados e 2 isolados, respectivamente. Sccmec foi não tipável em 12 isolados. O gene LukF foi identificado em 6 isolados. Sensibilidade a sulfametoxazol/trimetoprima foi 94,7%. Todos os isolados foram sensibilidade à linezolida e a vancomicina, sendo 63,2% com MIC = 1 e 36,8% com MIC = 2. A sensibilidade às quinolonas foi preocupantemente baixa, com resistência a ciprofloxacino em 52,6%, enquanto 47,4% apresentaram sensibilidade se exposição aumentada. Levofloxacina 57,9% foram resistentes e 42,1% sensíveis se exposição aumentada. A resistência à gentamicina e tetraciclina foi de 15,8% e 21,1%, respectivamente, e apenas um isolado foi resistente à rifampicina. A taxa de mortalidade 10,5%.

Conclusões

Nossos resultados evidenciaram que isolados de MRSA causadores de Co-SMSI demonstram um padrão alarmante de resistência, incluindo antibióticos β-lactâmicos e quinolonas, que normalmente são prescritos como terapia empírica nas infecções cutâneas/musculoesqueléticas.

Palavras-chave:
Staphylococcus aureus MRSA infecção de pele e partes moles mecA PVL
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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