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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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UM CASO ATÍPICO DE MUCORMICOSE COM EVOLUÇÃO CRÔNICA
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JaysaAndressa PizziNoal
Corresponding author
jaysapizzi@gmail.com

Corresponding author.
, Pedro Moreno Fonseca, Frederico da Cunha Abbott, Greici Taiane Gunzel
Hospital Nossa Senhora da Conceição, Tubarão, SC, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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A mucormicose é causada pelos fungos do gênero Mucorales. Com frequência é acompanhada de fatores de risco - como diabetes, transplantes, neoplasias hematológicas - e normalmente apresenta evolução rapidamente progressiva.

Relato de caso

Trata-se de um homem de 70 anos, com diagnóstico de longa data de DM2 e HAS. Paciente apresentava rinorreia e otorreia unilateral há um mês quando apresentou quadro de paralisia facial periférica à esquerda. Dias após, iniciou com cefaleia característica de acometimento trigeminal. Associado a isso, apresentava astenia e perda ponderal. Em exames laboratoriais, apresentava proteína C reativa de 88 e anemia normocítica e normocrômica. Em audiometria, apresentava perda auditiva do tipo mista de grau moderado à esquerda. Realizada nasofibrolaringoscopia com crostas amareladas na cabeça de cornetos inferiores e em assoalho inferior de fossa nasal esquerda. Ressonância magnética evidenciou infiltração em rinofaringe posterior com extensão ao clivus, transição esfeno-occipital à esquerda. Foi submetido a microcirurgia otológica com grande drenagem de secreção purulenta e presença de crostas de coloração escurecida em meato inferior e médio e também em seio maxilar. Histopatologia sugerindo grãos actinomicóticos e estruturas filamentosas sob a forma de hifas, com poucas septações. Não houve crescimento de bactérias, micobactérias ou fungos em culturais desse material. Paciente recebe alta com tratamento para actinomicose e retorna ao ambulatório após 6 meses, apresentando piora clínica. Em revisão de lâminas, vistas hifas com raríssimos septos, cenocíticas, com angioinvasão, sugestiva de mucormicose. Inicia tratamento com anfotericina B lipossomal e na sexta semana de tratamento apresentava resolução de quadro clínico.

Discussão

Existem poucos relatos de mucormicose rino-cerebral com evolução indolente durante semanas ou meses. No entanto, um dos fatores de pior prognóstico em casos de infecção rino-cerebral é o atraso no diagnóstico.

Palavras-chave:
Mucormicose
DM2 crônica
Rinossinusite
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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