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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DOS PACIENTES INTERNADOS COINFECTADOS COM SÍFILIS E HIV EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA, EM SALVADOR, BAHIA
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Valeska Siqueira Nunes dos Anjos
Corresponding author
leskasiqueira@gmail.com

Corresponding author.
, Leonardo Sousa de Jesus, Talita Alves Bacelar Cersosimo, Carlos Patrício de Araujo, Igor Vinicius Barreto Calhau, Joao Pedro Bastos Andrade, Luan Felipe Machado Conceição, Aurea Paste
Instituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

O HIV e a sífilis são doenças sexualmente transmissíveis, sendo frequente quadros de coinfecção. A sífilis aumenta o risco de transmissão do HIV por causar úlceras genitais e o HIV piora o desfecho da sífilis. Assim, é de suma importância reconhecer a interação entre ambas as doenças.

Objetivo

Descrever o perfil epidemiológico e clínico dos pacientes coinfectados com sífilis e HIV internados em um hospital especializado em doenças infectocontagiosas, no município de Salvador, Bahia, de 2022 a 2023.

Método

Trata-se de um estudo transversal descritivo, informações obtidas no prontuário médico eletrônico, entre 2022 e 2023, com amostra de conveniência.

Resultados

Foram analisados 131 perfis de indivíduos com HIV/AIDS, sendo que 33 possuíam VDRL sérico positivo (25.19%). A maioria dos pacientes que apresentavam coinfecção eram do sexo masculino (75.76%), de orientação heterossexual (48.48%), solteiro (84.85%), sem filhos (63.64%), de cor autodeclarada parda (63.64%), com ensino fundamental incompleto (45.45%), renda inferior a um salário mínimo (30.30%) e sem religião (39.39%). 24.24% faziam uso somente de álcool e tabaco e 24.24% eram alcoolistas, tabagistas e usuários de substâncias psicoativas. A idade média dos pacientes foi 37.5 anos (24-66). No geral, não possuíam internações prévias (54.55%), outras comorbidades (75.76%) e receberam alta melhorado (81.82%). A média da contagem de células CD4 foi 148.3 (4-615), sendo que 9.09% tinham CV indetectável, 57.58% possuía diagnóstico de HIV há mais de 1 ano e 12.12% iniciaram a TARV durante o internamento. 18.8% tiveram como diagnóstico neurossífilis, observando-se como sintomas frequentes nesses pacientes: febre (50%), déficit motor (66.67%) e perda ponderal (50%). Entre os pacientes com neurossífilis que realizaram estudo do líquido cefalorraquidiano (83.33%), notou-se uma média de 51.6 de celularidade (2-127), 95.2 de proteína (27-157), 61.2 (44-91) de glicose e VDRL positivo em 40% dos casos. 3,03% desenvolveu sífilis ocular.

Conclusão

Houve predomínio de homens jovens adultos, pardos, heterossexuais, solteiros, com ensino fundamental incompleto, renda inferior a um salário mínimo, sem internações prévias e outras comorbidades, que faziam uso de álcool, tabaco e substâncias psicoativas. Em relação às apresentações clínicas da sífilis, observou-se uma prevalência significativa de casos de neurossífis com pleocitose e hiperproteinorraquia no líquor.

Palavras-chave:
SIDA sífilis Perfil Clínico
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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