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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HANTAVIROSE ENTRE 2012 E 2022, NO BRASIL
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Beatriz Silva de Marcoa,
Corresponding author
beatrizmarco22.1@bahiana.edu.br

Corresponding author.
, Alice Sarno Menezesa, Gabriela Loula Dourado do Nascimentoa, Gabriel von Flach Sarmentoa, Davi Domingos dos Santos Ferreiraa, Guilherme von Flach Sarmentob, Victor De Oliveira Alvim Albergariaa, Plácido Natanael de Lima Netoa
a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA, Brasil
b Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A hantavirose é uma doença viral aguda, e pode ser transmitida a partir da inalação de aerossóis de excretas de roedores e, raramente, por sua mordida. Pode causar síndromes clínicas como: Síndrome Cardiopulmonar por Hantavirose ou Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR). O FHSR pode se manifestar de diferentes formas, podendo ser assintomática, ou com apresentação súbita de febre, cefaleia, lombalgia e dor abdominal, podendo evoluir para um quadro de choque, hemorragia e insuficiência renal. Esse tipo de Febre Hemorrágica tem taxa de mortalidade entre 6 e 15%, e com necessidade de notificação compulsória. Assim, por conta de seu quadro clínico possivelmente fatal, faz-se necessário compreender o perfil epidemiológico da condição.

Objetivo

Traçar o perfil epidemiológico dos casos de hantavirose no Brasil no período de 2012 a 2022.

Metodologia

Trata-se de um estudo quantitativo, ecológico, descritivo, baseado em dados notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN/SUS) do Ministério da Saúde por meio do DATASUS, entre Jan/2012 e Dez/2022. Foram analisadas as seguintes variáveis: raça, faixa etária, sexo e região.

Resultados

No período analisado, houve 788 casos de hantavirose. Quanto ao sexo biológico, 76,52% dos casos registrados foram do sexo masculino e 23,48% do sexo feminino. Em relação à raça/cor, a maioria dos casos, 63,20%, ocorreram em pessoas brancas. Os indivíduos pardos ocuparam o segundo lugar, com 26,40%. Já os pretos, amarelos e indígenas representam 6,09% dos casos. Não se obteve informações da raça/cor em 4,31% dos casos. Tratando-se de faixa etária, a população de 20 a 39 anos foi a mais acometida, representando 48,48% dos casos. Ademais, a faixa etária entre 40 e 59 anos representou 34,14% dos casos, enquanto crianças e adolescentes representam 11,42% e idosos, 5,96%. Ao analisar as regiões, a região Sul possui o maior número de casos, 43,78%, seguida pelo Centro-Oeste e Sudeste, com 26,52% e 25,13%, respectivamente.

Conclusão

Portanto, ao analisar os resultados obtidos nos últimos 10 anos, o perfil epidemiológico mais atingido é formado por indivíduos do sexo masculino, brancos, entre 20 e 39 anos e da região Sul. Assim, tendo em vista que a análise dos casos de hantavirose pode ajudar a entender os obstáculos e auxiliar na prevenção para reduzir casos futuros, faz-se fundamental que o poder público fique atento a esse perfil epidemiológico, objetivando a prevenção e controle de tal moléstia.

Palavras-chave:
Brasil Hantavirose Perfil epidemiológico
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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