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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 39 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 39 (December 2018)
EP‐011
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INFECÇÕES PELO COMPLEXO SCEDOSPORIUM/PSEUDALLESCHERIA NO TRANSPLANTE DE RIM: RELATO DE 5 CASOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO BRASIL
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Daniel Wagner Castro Lima Santos, Laila Almeida Viana, Marina Pontello Cristelli, Helio Tedesco Silva‐Junior, Jose Osmar Medina‐Pestana, Luis Fernando Aranha Camargo, Arnaldo Lopes Colombo
Hospital do Rim, São Paulo, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 3 ‐ Horário: 10:44‐10:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução:Scedosporium spp. e Pseudallescheria spp. são fungos filamentosos saprófitas que em indivíduos imunossuprimidos podem causar infecções localizadas na pele ou disseminadas com envolvimento pulmonar e cerebral

Objetivo: Descrever infecções pelo complexo Scedosporium/Pseudallescheria em receptores de transplante renal (TxR) no Hospital do Rim (Unifesp)– São Paulo.

Metodologia: Revisão de prontuário de cinco casos confirmados por cultura e histopatologia de scedosporiose que ocorreram em pacientes transplantados renais entre 2000 e 2017 no Hospital do Rim – Unifesp

Resultado: Cinco pacientes foram identificados dentre 9.615 receptores de TxR, representaram uma incidência de 0,052 casos/100 TxR. Três (60%) pacientes eram homens e a média de idade foi de 42,8 anos. O tempo médio para o início da doença após o transplante foi de 12,8 meses. Dois casos (40%) foram relatados em receptores de doadores falecidos. Terapia de indução com anticorpos antilinfócitos foi feita no momento do transplante em dois (40%) pacientes e rejeição do enxerto seis meses antes do diagnóstico de scedosporiose foi observada em um caso. No momento do diagnóstico, todos os pacientes usavam inibidores de calcineurina e prednisona. A disfunção do enxerto foi observada no diagnóstico de scededosporiose em três (60%) casos. O espectro clínico foi composto por: três (60%) casos com infecções cutâneas/subcutâneas, um (20%) caso de abscesso cerebral/meningite e um (20%) com abscesso subcutâneo e cerebral. Todos os pacientes tiveram infecção confirmada por análise histológica e cultura. Um paciente com doença exclusivamente cutânea foi tratado apenas com excisão cirúrgica e os outros dois pacientes foram tratados com desbridamento cirúrgico associado a itraconazol. Um caso de abscesso cerebral foi submetido a drenagem cirúrgica associada a anfotericina B. O paciente com abscesso subcutâneo e cerebral tem sido tratado até o momento com voriconazol. A retirada de drogas imunossupressoras foi necessária em dois casos com envolvimento visceral. A perda de enxerto foi documentada em dois casos. Um paciente com abscesso cerebral evoluiu para óbito e o outro paciente com abscesso subcutâneo e cerebral está em acompanhamento no serviço

Discussão/conclusão: A scedosporiose é uma infecção rara e de baixa incidência no cenário de TxR. Infecções localizadas podem ser tratadas por ressecção cirúrgica e drogas antifúngicas. Infecções cerebrais têm prognóstico ruim e elevada mortalidade.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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