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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA A CATETER VENOSO CENTRAL EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV DE UM HOSPITAL DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS DA CIDADE DE SÃO PAULO
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Aline Aparecida Carneiro de Souza
Corresponding author
, Sayonara Scota, Yu Ching Lian, Regia Damous Fontenele Feijó, Raquel Keiko de Luca Ito, Aline Santos Ibanes, Caroline Thomaz Panico, Nilton José Fernandes Cavalcante
Instituto de Infectologia Emílio Ribas, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

As Infecções Primárias de Corrente Sanguínea associadas a Cateteres Venosos Centrais (IPCSL-CVC) estão associadas a desfechos desfavoráveis. Pessoas que vivem com HIV (PVHIV) têm maior risco de desenvolver Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) a depender do comprometimento do sistema imunológico, procedimentos diagnósticos, tratamentos e hospitalizações.

Objetivo

Avaliar as notificações de IPCSL-CVC (critérios de notificação de IRAS da ANVISA) ocorridas em PVHIV, adultos, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), de 2017 a 2022, de um hospital público terciário de ensino referência em infectologia.

Métodos

Estudo retrospectivo observacional que avaliou as IPCSL-CVC. Este hospital conta com Pronto-Socorro, enfermaria e UTI. Foram analisados os dados de cateteres-dia para o cálculo das densidades, bem como os microrganismos isolados.

Resultados

Foram notificadas 135 IPCSL-CVC em PVHIV. A densidade de IPCSL-CVC em PVHIV no período anterior a pandemia (2017-2019) foi de 18,7 IPCSL-CVC/1000 cateteres-dia (18,8 em 2017, 13,1 em 2018, 23,2 em 2019). Nesse período, o limite superior da densidade de IPCSL-CVC foi de 34,1 e o limite inferior 0,9. Já no período da pandemia (2020-2022), a densidade de IPCSL-CVC foi de 11,2 IPCSL-CVC/1000 cateteres-dia (6,9 em 2020, 14,1 em 2021, 10,8 em 2022). Nesse período, o limite superior da densidade de IPCSL-CVC foi de 22,6 e o limite inferior 0,6. Com relação aos microrganismos identificados, no período pré-pandemia, os agentes mais frequentes foram: Staphylococcus Coagulase Negativa (SCN) (32,3%), Acinetobacter spp. (20,4%), Candida não albicans (10,8%), Enterococcus spp. (8,6%), Candida albicans (7,5%), Klebsiella spp. (6,5%), outros (14,0%). Já no período de pandemia, os agentes mais frequentes nas IPCSL-CVC em PVHIV, foram: SCN (18,3%), Candida não albicans (14,0%), Candida albicans (8,6%), Enterococcus spp. (9,7%), Acinetobacter spp. (6,5%), Klebsiella spp. (1,1%), outros (12,9%).

Conclusão

Em 2019 houve um aumento das IPCSL-CVC que desencadeou diversas ações educativas, refletindo na queda na densidade desta infecção em 2020. Com relação aos microrganismos, os SCN foram os agentes mais frequentes no período pré e durante a pandemia; Candida spp. apresentou aumento durante a pandemia (de 18,3 para 22,6%); houve diminuição de Acinetobacter spp. durante a pandemia (de 20,4% para 6,5%). Conhecer as IPCSL-CVC na população de PVHIV é relevante para ações preventivas e opções terapêuticas mais assertivas.

Palavras-chave:
Infecção Hospitalar
Sepse HIV
Dispositivo vascular
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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