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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 39-40 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 39-40 (December 2018)
EP‐012
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INCIDÊNCIA E EVOLUÇÃO DAS INFECÇÕES POR CANDIDA SPP EM TRANSPLANTADOS RENAIS
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Ligia Maria Mietto Romão, Mayra Gonçalves Menegueti, Gilberto Gambero Gaspar, Daniel Borges Drumond, Maria Estela Papini Nardin, Valdes Roberto Bollela, Miguel Moysés Neto, Elen Almeida Romão
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 3 ‐ Horário: 10:51‐10:56 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Infecções fúngicas por Candida spp são comuns em pacientes imunossuprimidos.

Objetivo: Analisar a incidência, o sítio e a evolução dos casos de candidíase em transplantados renais (txR).

Metodologia: Coorte retrospectivo; foram incluídos todos os txR, maiores de 18 anos do HCFMRP‐USP, entre 2000 e 2016; e excluídos casos de candidíase em pele e anexos.

Resultado: Foram transplantados 833 pacientes adultos. Foram identificados 53 pacientes (6,4%) com infecção por Candida ssp, 35 (66%) eram do sexo feminino e 25 (47%) eram diabéticos. As principais causas de doença renal crônica foram hipertensão arterial (18 pacientes; 34%); diabetes (10 pacientes; 19%). Houve 65 episódios de candidíase e 43 (66,15%) ocorreram nos seis primeiros meses pós‐transplante. A mediana de idade na infecção foi de 54 anos (22‐69) e do tempo entre o transplante e a infecção foi de três meses (três dias‐10 anos). Quanto ao sítio das infecções, 33 (50,8%) ocorreram no trato urinário inferior; 19 (29,4%) no trato gastrointestinal; sete (10,8%) em genitália feminina; três (4,6%) em trato respiratório; dois (3,1%) em genitália masculina; e um (1,5%) em corrente sanguínea (candidemia). Todos os pacientes receberam tratamento [mediana de tempo: 10 dias (4‐35)]. Em 36 episódios (55,4%) o agente causador foi isolado: 14 (38,9%) C. albicans; 10 (27,8%) C. glabrata; quatro (11,1%) C. tropicalis; quatro (11,1%) C. kruesi e quatro (11,1%) C. parapsilosis. Entre os pacientes com infecção por Candida, 25 (47,2%) tinham usado antimicrobiano antes da infecção (≤ 90 dias). Em 28 a imunossupressão foi reduzida durante o tratamento da infecção fúngica. Oito pacientes tiveram rejeição após a infecção e 10 a tinham tratado antes da infecção. Houve 12 (22,6%) episódios de recorrência de infecção. Foram avaliados se os seguintes fatores de risco estavam associados à recidiva: idade, sexo, uso de sonda vesical de demora, diabetes, pulso prévio com metilprednisolona, indução do transplante com timoglobulina ou basiliximab, uso de antimicrobiano de amplo espectro prévio à candidíase; nenhum resultado teve significância estatística (em todos p>0,05). Não foi identificado óbito relacionado à infecção por Candida.

Discussão/conclusão: A infecção por Candida ssp não foi frequente e geralmente ocorreu na fase incial pós‐txR, o foco urinário foi o mais comum e a Candida albicans o agente mais encontrado; o uso de antimicrobiano antes da candidíase foi frequente, candidemia foi rara. A morbidade das infecções foi baixa.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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