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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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HEPATOXICIDADE EM USUÁRIOS DE PREP EM CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO (CTA) DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE
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Cynara Carvalho Nunes
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, Larissa Gomes de Mattos, Karen Oliveira Furlanetto
Secretaria da Saúde da Prefeitura de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivos

O esquema disponível para uso na PrEP (profixia pré-exposição) contra HIV-1 atualmente no SUS é a associação de fumarato de tenofovir desoproxila (TDF) 300 mg e emtricitabina (FTC) 200 mg, na posologia de 1 comprimido diário, cuja eficácia e segurança foram demonstradas, com poucos eventos adversos associados ao seu uso. Por outro lado alguns estudos têm demonstrado alterações das provas de função hepática com uso da PrEP. O objetivo deste estudo é investigar a frequência de alterações de transaminases na população estudada.

Métodos

Estudo longitudinal, retrospectivo a partir de uma amostra de 381 usuários de PrEP entre janeiro de 2018 e dezembro de 2021 em serviço especializado de Porto Alegre. Os dados foram digitados no programa Excel e posteriormente exportados para o programa SPSS v. 20.0. Foi realizada análise descritiva. As variáveis categóricas foram descritas por frequências e percentuais. Na avaliação de alteração de níveis de TGO e TGP foi considerado limite superior normal (LSN) de 40 e 41 U/L respectivamente e após foi calculado o grau de aumento em relação a este valor considerando grau 1, 2 e 3 de acordo com a literatura. Foram consideradas medidas de TGO/TGP no momento zero e semanas 4,12, 24, 36 e 48.

Resultados

A mediana de TGO/TGP basal foi 22 e 23 U/L respectivamente. Níveis alterados de TGP (%) foram mais evidentes comparados a TGO e ocorreram em 15,5% na semana 4; 15,5% na semana 12; 11,5% na semana 24; 12,3% na semana 36 e 6,8% na semana 48. Considerando hepatoxicidade grau 1 um aumento de 1,25 a <2,5x LSN, grau 2 aumento de 2,5 a 5x e grau 3 aumento de 5,1 a 10x verificou-se que houve aumento em grau 1e 2 respectivamente (7,9%e 1,8%) na semana 4; 8,9%e 1,3% na semana 12; 4,7% e 1,6% na semana 24; 8,4% grau 1 na semana 36; 4,2%% e 1 na semana 48. Nenhum dos pacientes que apresentaram aumento de TGP/TGP em algum momento era HBSAg reagente ou ANTI-HCV reagente.

Conclusão

Os estudos que avaliaram hepatoxicidade associada a PrEP são escassos. De acordo com estudo (FEM-PrEP) foi observado aumento significativo de hepatoxicidade grau 1 em mulheres. No presente estudo observou-se aumento de TGP em aproximadamente 12% dos pacientes, no entanto quando avaliado o grau 1 de hepatoxicidade, esta porcentagem foi reduzida para 6%. Isto demonstra que possivelmente o uso da PrEP associado ao uso de suplementos e à presença de esteatose, entre outras causas, pode levar ao aumento de transaminases.

Palavras-chave:
Hepatoxicidade PrEP Transaminases
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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