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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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GENÔMICA COMPARATIVA DE ISOLADOS CLÍNICOS DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA RESISTENTES À COLISTINA
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Bruno Luigi Bertuccellia,
Corresponding author
brunobertuccelli@yahoo.com.br

Corresponding author.
, Paula Mariana Salgueiro de Souzab, Ingrid Aparecida Pereira da Silvab, Anna Carolina Soares Almeidaa
a Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE, Brasil
b Universidade de Pernambuco, Recife, PE, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista comumente reportado como causador de infecções em ambientes hospitalares, cujo tratamento está se tornando mais desafiador devido a sua emergência como patógeno Multirresistente (MDR). A colistina é um antibiótico de último recurso usada contra cepas MDR de P. aeruginosa. No entanto, com o aumento do uso de polimixinas, o surgimento de isolados de P. aeruginosa resistentes a essas drogas tem sido cada vez mais relatado em todo o mundo. Com base nesse contexto, esse estudo objetivou realizar uma comparação entre genomas de P. aeruginosas resistentes a colistina.

Metodologia

Este estudo foi realizado a partir da comparação de 46 genomas de P. aeruginosa, sendo 40 deles obtidos através do banco de dados do NCBI e 5 genomas, de isolados clínicos de P. aeruginosa resistentes a colistina provenientes dos serviços de microbiologia dos laboratórios de dois hospitais públicos da cidade do Recife/PE. As sequências foram analisadas com as ferramentas Geneious Prime® (Biomatters), MEGA (Molecular evolutionary genetics analysis) e BUSTED para alinhamento e análise comparativa, construção de árvores filogenéticas e busca por evidências de seleção positiva de 4 Sistemas de dois componentes (PhoPQ, PmrAB, ParRS, CprRS) presentes nas cepas de P. aeruginosa analisadas e previamente relacionados com a resistência a Colistina. A cepa PA01 foi utilizada como referência.

Resultados

Foi possível identificar SNPs importantes para a aquisição da resistência. Os genes responsáveis pela regulação (pmrA, phoP, parR, cprR) mostraram-se nos grupos de isolados resistentes mais consistentes quando comparados com os codificadores de histidina quinase. Os genes pmrB, parS e cprS, tiveram um número elevado de substituições pontuais quase sempre encontradas em cepas resistentes. As árvores filogenéticas demonstraram o mesmo caminho evolutivo para aquisição da resistência.

Conclusão

Não foi possível identificar SNPs de destaque em um dos TCSs dentre os demais em relação a resistência a Colistina. Os genes responsáveis pela codificação da proteína histidina quinase sofreram mais mutações que podem impactar a sua função, em relação aos seus complementos reguladores. As linhagens devem ter sofrido o mesmo caminho evolutivo, em um fenômeno de convergência adaptativa, como uma resposta à pressão seletiva imposta pela presença do antimicrobiano.

Palavras-chave:
Resistência bacteriana a antibióticos
Bioinformática
Genética bacteriana
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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