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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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ENDOCARDITE INFECCIOSA POR S. LUGDUNENSIS: PEQUENA SÉRIE MULTICÊNTRICA DE CASOS
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Nícolas de Albuquerque Pereira Feijóoa,
Corresponding author
nicolasapfeijoo@gmail.com

Corresponding author.
, Anna Maria Amaral de Oliveirab, Mariana Giorgi Barroso de Carvalhoa, Thatyane Veloso de Paula Amaral de Almeidaa, Giovanna Ianini Ferraiuoli Barbosaa, Bruno Zappaa, Marcio da Silva Campistab, Sylvia Manhães Pires de Vasconcelosb, Rafael Quaresma Garridoa, Cristiane da Cruz Lamasa
a Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Complexo Hospitalar de Niterói, Niterói, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Staphylococcus lugdunensis pertence à família dos estafilococos coagulase negativos (ECN); é frequentemente associado a infecção de pele e partes moles. A Endocardite Infecciosa por S. lugdunensis (EISL) apresenta-se de forma mais virulenta em relação a outros ECN, com clínica similar a EI por S.aureus. Os critérios modificados de Duke revisados em 2023 incluíram esse patógeno na lista de germes típicos. Apresentamos três casos de EISL definitiva de acordo com os critérios modificados de Duke. Caso 1. Paciente de 16 anos, com história de cirurgia de transposição dos grandes vasos, com estenose de artéria pulmonar residual. Internação com relato de febre, tremores e dor incapacitante em membro inferior direito de 10 dias de evolução. Ecocardiograma transtorácico (ETT) evidenciou valva aórtica nativa espessada e com imagem aderida (16 × 16 mm) em folheto coronariano direito. Colhidas hemoculturas na admissão que evidenciaram crescimento de S.lugdunensis em 6/6 amostras. Foi identificada embolização para a artéria renal esquerda. Foi realizada troca valvar aórtica mecânica e plastia de tronco da artéria pulmonar. Caso 2. Trata-se de uma EI tardia de válvula protética em uma paciente de 68 anos internada para controle de flutter atrial, que durante a internação apresentou febre e déficit neurológico focal, confirmando acidente vascular encefálico (AVC) hemorrágico. ETT evidenciou vegetação de 5 mm aderida a bioprótese mitral. Hemoculturas evidenciaram crescimento em 2/2 amostras de S. lugdunensis, optando-se por tratamento conservador. Caso 3. Homem de 27 anos com EI de válvulas nativas (mitral e aórtica) portador de válvula aórtica bicúspide, com quadro de febre, PCR elevada e evento embólico vascular para artéria poplítea esquerda de evolução em dias. ETT evidenciou vegetação de 12 × 15 mm em válvula aórtica. Hemoculturas foram positivas em 8/8 amostras. Dupla substituição mitroaórtica por bioprótese. Realizou trombectomia e fasciotomia do membro inferior esquerdo. Foi reoperado devido à persistência de abcesso intracardíaco, com retroca mitro-aórtica por prótese mecânica. Usou cefuroxima supressiva por vários meses por apresentar captação ao PET/CT no aneurisma micótico poplíteo. Os casos apresentados mostraram curso agressivo, com embolização. Todos foram tratados com 42 dias ou mais de antibioticoterapia e sobreviveram. É fundamental a identificação a nível de espécie de ECN isolados em hemoculturas e realizar ETT e rastreio para embolizações.

Palavras-chave:
Estafilococo coagulase negativo Endocardite Infecciosa Embolização S. lugdunensis Troca valvar
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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