Journal Information
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 84-85 (December 2018)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 84-85 (December 2018)
EP‐099
Open Access
CRIANÇA COM SÍNDROME GRIPAL E ESTAFILOCOCCIA FATAL POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS METICILINA RESISTENTE DA COMUNIDADE (CA‐MRSA)
Visits
5033
Bruno Cruz Boettger, Higor Barrera Oliveira, Thais Freitas Rezende, Domenico Menetta Neto, João Balbino, Glaucia Moreira Soares, Maria de Lourdes Cunha, Antonio Carlos Pignatari, Carlos Roberto Kiffer
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Full Text

Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 9 ‐ Horário: 13:44‐13:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Infecções causadas por S. aureus resistentes a meticilina (MRSA) são geralmente associadas à aquisição hospitalar. Porém, nas últimas décadas observou‐se o surgimento crescente de infecções causadas por esse patógeno em pacientes sem fatores de risco de exposição hospitalar. Em várias partes do mundo está bem descrita a ocorrência de MRSA adquirido na comunidade (CA‐MRSA). O S. aureus pode ser considerado parte da microbiota humana, com frequência variável de colonização, porém quebras da barreira cutânea ou diminuição da imunidade são associadas à doença. Gripe é um fator de risco reconhecido para estafilococcias.

Objetivo: Relatar o caso de uma criança que após uma infecção gripal evoluiu para uma sepse por S. aureus resistente a meticilina, evoluiu a óbito em poucas horas.

Metodologia: Criança de sexo masculino, um ano e nove meses, considerado lactante sibilante, de 10kg, deu entrada em um hospital da Grande São Paulo em 28/01 com convulsão febril. Em bom estado geral, admitida para observação de convulsão e investigação de causa, no 2° dia de internação diagnosticada com influenza A (teste rápido de secreção nasal positivo), imediatamente foi iniciado tratamento com oseltamivir. Por volta das 17h do 3° dia de internação apresentou pioria no quadro geral, foi estabelecido diagnóstico presuntivo de sepse de provável foco pulmonar, foram instituídas medidas de protocolo de sepse e início de terapia com ceftriaxone e claritromicina, com posteriores encaminhamentos à terapia intensiva, início de medidas de apoio gerais e passagem de cateter venoso central. Apresentou pioria progressiva do quadro, com sangramento abundante durante passagem de cateter, sem resposta a medidas de expansão e ventilatórias, evoluiu a óbito por volta da meia‐noite do mesmo dia. Após o óbito, positividade da hemocultura com identificação de S. aureus. A amostra foi levada para o laboratório de pesquisa, foram feitos testes moleculares para a identificação de genes de resistência, caracterização do tipo de SCCmec e genes de virulência. Confirmada a presença do gene mecA, SCCmec tipo IVa e presença dos genes icaA, icaB e icaD, SeiO, hla e hlb. O SCCmec IV é usualmente descrito em isolados de origem comunitária (CA‐MRSA) e os genes de virulência podem estar associados a quadro sépticos e tóxicos graves.

Discussão/conclusão: Infecção por CA‐MRSA com evolução fatal em criança com influenza alerta a comunidade médica para a relevância de diagnóstico etiológico precoce e instituição de terapia antimicrobiana adequada.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools