Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
CITOMEGALOVIROSE CONGÊNITA E SUAS REPERCUSSÕES CLÍNICAS SISTÊMICAS EM UM RECÉM-NASCIDO: UM RELATO DE CASO
Visits
413
Luciana Maria Prado Gomesa,
Corresponding author
luciana.prado@souunit.com

Corresponding author.
, Camila Mendonça Françab, Gilmara Carvalho Batistab, Jairo Joaquim dos Santos Júniora, Maria Carolyne de Mendonça Motaa
a Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju, SE, Brasil
b Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho, Aracaju, SE, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução

O citomegalovírus (CMV) é um vírus da família Herpesviridae com capacidade de permanecer em estado latente no organismo humano, sendo reativado em situações de modificação da resposta imunológica. Sua transmissão pode ocorrer via transplacentária, cursando com sintomas como hepatoesplenomegalia, coriorretinite, convulsões e hipotonia. A infecção também pode gerar complicações tardias graves, como perda auditiva, deficiência visual e atraso no desenvolvimento psicomotor. O presente relato demonstra um quadro de citomegalovirose congênita de diagnóstico tardio, evoluindo com complicações neurológicas graves e extensas.

Descrição do caso

Em 21/05/2022 L.A.T., 5 meses, sexo masculino, foi internado em um hospital geral, sendo diagnosticado com sepse de foco urinário. Durante o internamento, cursou com convulsão, sendo evidenciada atrofia cerebral e hidrocefalia. Evoluiu com regressão dos marcos de desenvolvimento, perda de sustentação da cabeça e hipotonia. Recebeu alta em 12/07/22 e, três dias após, cursou com febre, sendo admitido no hospital da criança (HC), onde foi diagnosticado com nova infecção do trato urinário. Após tratamento, recebeu alta com melhora. Em 29/07/22, evoluiu com novo quadro febril e foi readmitido no HC e, em 11/08/22 foi transferido para o Hospital Universitário (HU). Na admissão foi observado estrabismo convergente em olho esquerdo e hipotonia da musculatura cervical, sendo solicitada avaliação da equipe de infectologia, sorologias para infecções congênitas (TORCHS) e tomografia (TC) de crânio. A TC evidenciou um aumento do espaço liquórico, periencefálico, junto aos lobos frontal, temporal e parietal bilateral, redução volumétrica dos lobos temporal e frontal. O resultado das sorologias demonstrou CMV IgG 176,9ui/mL e IgM 2,05ui/mL. Diante do quadro foi instituído tratamento com Ganciclovir parenteral durante 21 dias, evoluindo com melhora clínica e recebendo alta para acompanhamento ambulatorial multidisciplinar.

Comentários

O caso relatado evidencia a importância e a complexidade da citomegalovirose congênita. É fundamental o amplo conhecimento de informações acerca do seu rastreio, diagnóstico, repercussões clínicas e tratamento, visando a detecção precoce e prevenção.

Palavras-chave:
Infecções por citomegalovírus Exposição transplacentária Efeitos tardios da exposição pré-natal
Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools