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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 123-124 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 123-124 (December 2018)
EP‐174
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CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA, LABORATORIAL E DETERMINAÇÃO DE FATORES PROGNÓSTICOS DOS PACIENTES INTERNADOS COM INFECÇÃO POR INFLUENZA DE 2009 A 2016
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Glória Selegatto, Anna Claudia Turdo, Izabel Marcilio, Li Yeh Ho
Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 4 ‐ Horário: 13:44‐13:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A influenza é uma doença respiratória viral aguda de ocorrência sazonal, que se destaca pelo potencial pandêmico e pela mortalidade resultante de complicações pulmonares.

Objetivo: Comparar os aspectos epidemiológico, demográfico e clínico dos casos de influenza internados de 2009 a 2016 e avaliar os preditores prognósticos.

Metodologia: Revisão de prontuário de pacientes com mais de 14 anos com infecção confirmada por vírus influenza internados no Instituto Central do HCFMUSP.

Resultado: Foram analisados 130 pacientes: 58 internados em 2009, um em 2010, um em 2011, dois em 2012, 29 em 2013, dois em 2014, três em 2015 e 34 em 2016. A idade média dos pacientes foi de 47 anos e a distribuição entre os sexos foi a mesma. Condição de doença de base estava presente em 81,5% dos pacientes, a mais frequente foi a doença cardiovascular (38,3%), seguida de imunossupressão medicamentosa (34,7%). Obesidade estava presente em 19,2% dos pacientes. Febre e tosse foram os sintomas mais frequentes (84,6%), seguidos de dispneia (67,7%) e mialgia (38,8%). Dos dados laboratoriais, observamos elevação significativa de CPK e DHL. A internação na UTI ocorreu em 61,5% dos pacientes. Desses, 46,2% receberam drogas vasoativas, 55% necessitaram de VM, disfunção renal ocorreu em 98,7% dos pacientes e terapia de substituição renal em 35%. A identificação laboratorial do agente influenza A H1N1 pdm09 foi predominante, ocorreu em 93,8% casos. Em 14 pacientes foi identificada influenza A sazonal, desses, seis casos apresentaram coinfecção de influenza H1N1 pdm09 e influenza A sazonal. Em 32,3% pacientes, foi identificado outro agente infeccioso. Mais de 95% usaram oseltamivir durante a internação, com média de tempo de início de tratamento de cinco dias. Também usaram antibioticoterapia 90%. Dos 130 pacientes avaliados, 29 evoluíram a óbito. Os fatores que se relacionaram ao óbito foram: o tempo de sintomas até a admissão hospitalar, valores de DHL, identificação de outro microorganismo, uso de suporte de terapia intensiva, tempo de internação e tempo de uso de antimicrobianos.

Não observamos diferença entre pacientes que tiveram infecção por influenza A H1N1 pdm09 e influenza sazonal.

Discussão/conclusão: Não observamos diferença no risco de óbito entre influenza A H1N1 e influenza sazonal. Os escores de gravidade usados para outras doenças também podem ser aplicados para infeção por influenza. As variáveis relacionadas ao risco de óbito são similares às descritas na literatura.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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