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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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BAIXA PREVALÊNCIA DE NÃO RESPOSTA VIROLÓGICA NO RESGATE ANTIRRETROVIRAL E FATORES ASSOCIADOS EM UMA COORTE DE PACIENTES VIVENDO COM HIV-1 COM FALHA VIROLÓGICA E RESISTÊNCIA A MÚLTIPLOS ANTIRRETROVIRAIS
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Rachel Juliana Sachettia,
Corresponding author
rajusachetti@gmail.com

Corresponding author.
, Simone de Barros Tenorea, Sura Amélia Barbosa Félix Leãoa, Monica Jacques de Moraesb, Paulo Roberto Abrão Ferreiraa
a Disciplina de Infectologia, Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
b Disciplina de Infectologia, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Terapias de resgate foram pouco estudados no atendimento clínico de rotina, fora das condições de um estudo randomizado. O objetivo do nosso estudo foi analisar a taxa de não resposta ao tratamento antirretroviral, em pacientes multiexperimentados a antirretrovirais, recebendo esquema de resgate. Análise retrospectiva de prontuários. Foram considerados respondedores ao tratamento de resgate aqueles pacientes que obtiveram carga viral indetectável em até 24 semanas após introdução do esquema de resgate antirretroviral. A análise de resistência foi baseada em teste de genotipagem. Os fatores analisados foram: sexo, idade, carga viral e CD4 no início do tratamento de regate, tempo de negativação da carga viral entre os respondedores, comorbidades associadas, infecções oportunistas prévias, histórico antirretroviral, número de medicamentos ativos no esquema e uso de novas classes. Os dados foram analisados no programa estatístico STATA versão 13.0 (StataCorp LP, CollegeStation, Texas, USA). Cento e quarenta pacientes multiexperimentados, no período de julho de 2008 a março de 2016. No basal, foi observado LT CD4+ superior a 200 células/mm3 em 52,1% dos pacientes e carga viral inferior a 100 mil cópias/mL em 50,7%. O número médio de falhas prévias foi de 5 (1-12 falhas), com uma média de 159 meses do diagnóstico de infecção pelo HIV. Ao resgate, aproximadamente metade dos pacientes receberam 3 ou 4 medicamentos ativos. Cento e doze (80,0%) utilizaram novas classes. Cento e trinta e um (93,5%) foram considerados respondedores ao tratamento de resgate. O tempo médio para resposta foi de 6,7 meses. Nove pacientes continuaram com a carga viral detectável após o tratamento de resgate (Prevalência: 6,4%; [IC 95% 3,0 - 11,9]). Na análise bivariada os fatores associados significativamente à não resposta foram: etilismo (p = 0,048), menos de 2 medicamentos ativos no resgate (p = 0,007) e LT CD4+ prévio inferior a 200 células/mm3 ao resgate (p = 0,017). Na regressão logística múltipla LT CD4+ inferior a 200 células/mm3, previamente ao resgate, e a utilização de menos de dois medicamentos ativos no resgate foi independentemente associado à não resposta virológica. Pacientes multiexperimentados e com resistência antirretroviral, submetidos à terapia de resgate apresentaram alta taxa de resposta virológica, sendo que LT CD4+ inferior a 200 cél/mm3 prévios ao resgate e uso de menos de dois medicamentos ativos foram independentemente associados falha terapêutica.

Palavras-chave:
HIV Antirretroviral Resistência Resgate
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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