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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 29-30 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 29-30 (December 2018)
OR‐55
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ATITUDES E CONHECIMENTOS DE MÉDICOS INFECTOLOGISTAS SOBRE PROFILAXIA PRÉ‐EXPOSIÇÃO AO HIV
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Natália Barros Cerqueira, Ricardo Vasconcelos, Carlo Hojilla, Esper Kallas, Vivian Avelino‐Silva
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: 5 ‐ Horário: 16:20‐16:30 ‐ Forma de Apresentação: Apresentação oral

Introdução: A prescrição da profilaxia pré‐exposição ao HIV (PrEP) depende de avaliação subjetiva da vulnerabilidade. Atitudes, conhecimentos, preconceitos e estigma dos médicos podem influenciar a implantação da PrEP.

Objetivo: Descrever o grau de conhecimento, preocupações e intenção de prescrição de PrEP entre médicos infectologistas (MI) cadastrados nas Sociedades Brasileira e Paulista de Infectologia.

Metodologia: Usamos um questionário eletrônico anônimo que incluiu informações demográficas, atitudes e conhecimentos sobre PrEP entre MI. A intenção de prescrição de PrEP foi avaliada em três casos clínicos hipotéticos com pacientes de alta vulnerabilidade ao HIV. Uma caraterística do caso (homem vs. mulher transgênero; usuários drogas recreativas vs. não usuários; nível socioeconômico alto vs. baixo) foi intencionalmente alterada, gerou dois grupos de casos hipotéticos que foram distribuídos aleatoriamente aos MI. Para cada caso, o MI indicou sua intenção de prescrição de PrEP, adesão esperada e antecipação de compensação de risco.

Resultado: Responderam o questionário 370 MI com mediana de 42 anos, a maioria do gênero feminino (60%), etnia branca (78%), com pós‐graduação (63%), em atuação clínica (87%) e atendendo pacientes HIV positivos (89%). Não encontramos diferenças estatisticamente significantes na intenção de prescrição de PrEP ou percepção de compensação de risco nos diferentes casos clínicos. Dificuldades de adesão foram mais frequentemente antecipadas em usuários de drogas recreativas comparados com não usuários (37% vs. 16%, p<0,001). MI que declaram ter uma religião relataram mais preocupação com compensação de risco quando comparados com os declarados ateístas (72% vs. 46%, p<0,001). A maioria dos MI declarou‐se informado/bem informado sobre PrEP (75%) e afirmou acreditar que oferecer PrEP é necessário (69%), embora demonstre preocupações em relação à adesão (49%), efeitos colaterais (38%), aumento de infecções sexualmente transmissíveis (38%) e compensação de risco (28%).

Discussão/conclusão: A maioria dos MI reportou uma atitude positiva a PrEP. A identidade de gênero, uso de drogas recreativas e nível socioeconômico não foram associados a diferenças na intenção de prescrição de PrEP. Entretanto, preocupações em relação a PrEP são frequentes; maior preocupação com compensação de risco foi observada entre MI que declararam ter uma religião, sugeriu que crenças e percepções pessoais podem influenciar a implantação da PrEP.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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