Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO DA TAXA DE ÓBITO POR FEBRE HEMORRÁGICA PELO VÍRUS DA DENGUE NO BRASIL, DURANTE O PERÍODO DE 2018 A 2023
Visits
263
Bianca Rios Sampaio
Corresponding author
biancarios_@outlook.com

Corresponding author.
, Camila Melo de Freitas, Heva Manuele de Almeida Fernandes, Letícia Jacon Vicente
Faculdade Pitágoras de Medicina, Eunápolis, BA, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução/objetivo

A febre hemorrágica da dengue (FHD), transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma doença infecciosa febril aguda cujo agente etiológico é um arbovírus com quatro sorotipos. A cada infecção subsequente, aumenta o risco de formas graves, como a FHD, que se manifesta de forma mais severa. O fator determinante na FDH é o extravasamento plasmático que pode ocorrer através da hemoconcentração, hipoalbuminemia e/ou derrame cavitário podendo evoluir para um comprometimento multissistêmico levando a óbito. Constitui um grave problema de saúde pública, por ser uma das principais causas de hospitalizações e morte de crianças em países endêmicos como o Brasil. Assim, o objetivo deste estudo é descrever o perfil dos casos notificados de mortalidade por FHD, no Brasil, de janeiro de 2018 a abril de 2023.

Métodos

Este é um estudo transversal sobre óbitos por FHD no Brasil, de janeiro/2018 a abril/2023. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM/SUS) utilizando os seguintes critérios: lista CID-10 em doenças infecciosas, apresentando variáveis como faixa etária, sexo, ano do processamento, cor/raça e otmail de atendimento.

Resultados

De 2018 a 2023, 615 pessoas foram a óbito por Febre Hemorrágica pelo vírus da Dengue no Brasil, segundo o SIM/SUS, sendo que 2022 apresentou a maior contagem com 165 óbitos, enquanto 2018 apresentou a menor contagem com 55 óbitos. Com base no dados, foi possível perceber que o sexo masculino foi mais afetado que o feminino com uma contagem de 45 casos de diferença entre os sexos. A faixa etária mais acometida foi a dos adultos de 50 a 69 anos, deixando as menores contagens para as crianças de 1 a 4 anos, que apresentam 1,1% do total. Os pacientes pardos foram mais afetados, representando 44% dos 615 óbitos, enquanto a população indígena representou apenas 0,32% do valor total. O caráter de atendimento desses óbitos, mostrando que 98% ocorreram em situação de urgência, seja por procura tardia ou por manejo inadequado dentro do próprio hospital, sendo apenas 1,95% de forma eletiva e com melhor prognóstico.

Conclusão

Nota-se que no contexto do caráter do atendimento, grande parte dos casos foram de urgência. Logo, faz-se imperioso o aperfeiçoamento de políticas públicas que visem o controle do vetor, o diagnóstico e manejo precoces. A realização dessas medidas tende a amenizar as complicações, os desfechos infelizes e os gastos públicos com a enfermidade.

Palavras-chave:
dengue grave infecções por adenovírus epidemiologia
Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools